quinta-feira, 10 de junho de 2010

Questões sobre o capítulo 7, "Considerações sobre o gênero em português" do livro "Dispersos" de Mattoso Câmara

1-) Explique a seguinte afirmação de Mattoso Câmara Junior: “o gênero (...) não coincide necessariamente com a diretriz semântica do sexo, é perturbador e contraproducente tomar essa diretriz como ponto de partida para a descrição da categoria substantiva de gênero” p.149.
Resposta: Mattoso Câmara Junior afirma que o gênero não tem que coincidir necessariamente com a diretriz semântica do sexo, e que não podemos pegar como ponto de partida, essa descrição da categoria substantiva do gênero; diz isso porque a própria noção do sexo fica prejudicada ao ser apresentada desse modo. Ele também diz que é de grande importância semântica, mas se fragmentada, é expressada pela categoria gramatical do gênero. Ex: Homem-mulher/ macho-fêmea -> a cobra macho- a cobra fêmea.


2-)Para Mattoso Câmara Junior o que é o gênero feminino? Dê exemplos que fundamentem a sua resposta.
Resposta: O gênero feminino é um processo de particularização significativa (que está distante de se limitar à especificação das fêmeas no reino animal); é uma particularização mórfico-semântica do masculino, uma oposição privativa, em que uma forma marcada pela desinência de feminino só se afirma em face de uma forma não-marcada (de desinência zero) para o masculino. Ex: lobo- loba.


3-)Mattoso Câmara Junior asserva que “não é a flexão do substantivo, em princípio, a marca básica do seu gênero.” Explique e exemplifique essa afirmação do lingüista brasileiro.
Resposta: O lingüista afirma que “não é a flexão do substantivo, a marca básica de seu gênero”, pois todos os substantivos na língua portuguesa possuem em gênero determinado, dependentemente ou não do contexto. Ex: “o” livro, “o” poeta, “o” dente como gênero exclusivamente masculino e “a” tribo, “a” rosa, “a” ponte são gêneros exclusivamente femininos.


4-)No entendimento de Mattoso Câmara Junior, quais são os dois aspectos básicos para se levar em conta no tratamento morfológico do gênero?
Resposta: Os dois aspectos básicos para se levar em conta o tratamento morfológico do gênero são: em primeiro lugar a explicação do princípio da indicação do gênero: a flexão do artigo, acompanhada, ou não, de uma flexão no substantivo que o artigo determina. E o segundo aspecto: o processo morfológico da flexão, que consiste na junção da partícula (desinência) –a como mudança morfofonêmica, que é preciso depreender a tabular.


5-)Para Mattoso Câmara Junior, o que é importante na descrição gramatical do gênero?
Resposta: É a depreensão do seu princípio diretor, existente na flexão do artigo, e o mecanismo flexional por que se expressa a categoria de gênero em português
.

Nesta síntese tomamos como base o capítulo A Flexão modo-temporal no Português culto do Brasil: Formas de Pretérito Perfeito e Imperfeito do Indicativo, contido no livro Gramática do Português Falado, escrito por Ataliba Teixeira de Castilho.
Os pesquisadores analisaram ocorrências do pretérito perfeito e imperfeito do indicativo colhidas em 180 minutos de gravação, correspondentes 30 minutos a cada um dos modos-temporais das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. No material de análise, do projeto PGPF, há as formas simples de cada modo-temporal, nas quais os sufixos ou as desinências constituem as categorias tempo, modo e aspecto no vocábulo verbal. Em português, considera-se que essas categorias são indicadas pela desinência verbal. Além disso, por meio das formas coletadas, analisou-se que nos verbos regulares as formas de pretérito imperfeito resultam da adição do sufixo modo-temporal ao tema verbal. Ex: chamava, trabalhava, entrava (adiciona-se –va aos verbos de primeira conjugação); queria, fazia, havia (com /i/ tônico, aos verbos de segunda e terceira conjugação).
Do verbo se irradia a interpretação semântica para todo o complexo que a sintaxe organiza no nível frasal; é o verbo que projeta a especificação das relações que com ele contraem os participantes (argumentos) (Neves, 1992, PP.22-3). Estamos pensando no significado que depende das relações contidas nas frases ou nas características sintático-semânticas das formas verbais analisadas. Com isso, impõe-se que se leva em conta a significação das formas verbais flexionadas em termos de características que estuda a linguagem em situação de uso, ou por meio dos significados construídos a partir de relações textuais ou discursivas. Tal abordagem liga-se ao fato de que a maior parte dos elementos lingüísticos é multifuncional, o que inviabiliza sua análise isolada e, por outro lado, favorece o estudo de cada uma das formas no contexto em que ocorre.
O estudo dos valores das formais verbais estabeleceu três momentos que servem de apoio para a definição dos tempos verbais: o momento da fala (MF), o momento em que ocorre o evento (ME) e um terceiro momento, referencial aos dois primeiros (MR) (Reichenbach, 1975, p.288), sistema fixo através do qual o falante transmite ao ouvinte a sua perspectiva temporal.
Por outro lado, vamos analisar as formas verbais de pretérito perfeito e imperfeito com a presença ou ausência de expressões temporais e para isso usaremos de dois momentos: no primeiro momento a forma verbal isolada, quando o morfema modo-temporal, somente ele, é responsável pela especificação do complexo significativo modo, tempo, aspecto; e no segundo momento será levado em conta as formas de pretérito combinadas com expressões adverbiais. Exemplificando:

(1) (Bom, a gente vai ver hoje) [...] nós vimos que o início da industrialização nos Estados Unidos
(EF-RJ-379:1-9)

(2) Vocês viram aqui que o total da população ... (EF-RJ-379: 31-3)

(3) não tinha nem onde sentar viu ? (DID- SP-234: 137)

(4) é um um uma peça um mas esse tinha tanta molecada (DID-SP-234: 125)


(5) realmente é gozado como a gente não comia fruta (DID-RJ-328: 88-9)

As formas verbais em itálico mostram que os interlocutores as empregam para relatar eventos percebidos por eles ou por qualquer outro observador, como reais, pois esses eventos já aconteceram em algum momento que antecedeu o próprio relato do evento.
Nas frases com pretérito perfeito, a referência ao momento da enunciação é reforçado pelas formais pronominais (nós, vocês), morfemas verbais de 1ª e 2ª pessoas (vimos) e advérbios (aqui), elementos que atestam a relevância que o evento expresso pelo verbo ver tem para o locutor no momento da enunciação (MF).
As formas de pretérito imperfeito remetem a eventos que tiveram lugar num espaço e tempo mais ou menos extenso no passado; trata-se de um relato ocorrido no passado visto a partir de uma perspectiva também do passado. É o tempo da simultaneidade no passado, que trás a noção de acontecimento, fatos, ações habituais. Ex: trabalhava, fazia. Já o pretérito perfeito refere-se a um evento que se situa no passado que nos dá a certeza de que aconteceu. Ex: Vaguei pelas serras.
Com isso, analisamos as formas verbais isoladas, agora vamos vê-las associadas aos advérbios.
Os possíveis advérbios que acompanham os tempos verbais de pretérito perfeito e imperfeito, considerando as características próprias dessa modalidade de língua ligadas à interação verbal. Segundo Betten “assim que você percebe que o ouvinte compreendeu o que você queria comunicar, torna-se desnecessária e inadequada a continuação de sua fala em muitas situações”. Diante disso, podemos dizer que, na língua falada, a omissão de advérbios ocorre devido a esse fato. Já na língua escrito este fato não ocorre, pois não há um contexto compartilhado entre os interlocutores e em enunciados formais, nota-se que esse fato também ocorre, pois uma vez feita à localização temporal, o falante não vê necessidade de repeti-la cada vez que faz menção ao evento.
O fato de considerarmos o verbo em isolamento como objeto de análise, no sentido de que somente ele tem sentido e é responsável pela especificação do complexo significativo modo-tempo-aspecto mostrou ser útil, fornecendo elementos para a interpretação semântica das formas de pretérito. Mais especificamente, fornecendo elementos para a postulação de uma dupla oposição entre as formas de pretérito perfeito e imperfeito, a temporal e a aspectual.
Em suma, a dificuldade em estudar os valores das formas verbais flexionadas está no envolvimento do complexo significativo modo-tempo-aspecto com a gramática das construções.


Referências Bibliográficas

Castilho, Ataliba de Teixeira. “A Flexão Modo-Temporal no Português culto do Brasil: Formas de Pretérito Perfeito e Imperfeito do Indicativo”, pág 31. GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS FALADO. Vol. IV.: Estudos Descritivos. Campinas, SP: Editora UNICAMP, 2002.

Internetês

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Introdução

Nesse artigo iremos tratar do linguajar usado pelos internautas e faremos uma comparação com algumas análises feita por Mattoso Câmara. Veremos se até hoje elas persistem ou se já houve alguma mudança ou ainda se encontramos novos casos.

Análises de Mattoso

Mattoso em sua análise das décadas de 40 a 60 tem uma preocupação em observar a língua oral, porque acredita que nas gramáticas escolares da época não havia uma preocupação com a língua oral no cotidiano, na vida das pessoas, além disso, diz que os autores das gramáticas se importavam mais com a língua escrita. E com isso passou a ter um interesse maior em pela interpretação dos sons da fala como fonemas, deu continuidade a isso descrevendo os sons das falas em nossa língua, com base no referencial teórico estruturalista. E fez as seguintes observações:

· Debilidade do acento tônico quando o vocábulo se acha no interior de um grupo de força;

· Tendência a anular-se a oposição entre [e] e [i], bem como [o] e [u], em posição pretônica, realizando-se um arquifonema [i] ou [u] conforme o caso.

Além dos estudos fonéticos, Mattoso também encontra erros na morfologia, entre eles:

· Artificialismo das contrações pronominais;

· Falta de integração na língua coloquial do pretérito mais que perfeito do indicativo em –ra e certa incompreensão do pretérito imperfeito do subjuntivo em –sse;

· A tendência em omitir a forma pronominal dos verbos reflexivos que indicam atividade corporal, de sorte que o uso da forma pronominal se limita aos verbos estritamente reflexivos, em que a ação, que poderia recair num objeto distinto do sujeito, recai no próprio sujeito.

E também encontrou erros na parte sintática:

· Tendência à próclise sistemática da variação pronominal átona adverbial, exceto a partícula se, em função apassivante, que é sentida como um índice da impessoalização do verbo em forma de sufixo;

· Tendência a subordinar ao verbo o sujeito posposto, desaparecendo a concordância do verbo com esse sujeito, o que resulta, em ultima analise, numa impessoalização;

· Tendência a transformar em complemento circunstancial um sujeito que designa lugar, de sorte que o verbo se impessoaliza;

· Emprego do que como conectivo geral, perdendo-se para o pronome relativo a sua integração na oração que rege, com função sintática bem definida.

Com bases nesses erros encontrados por Mattos, analisamos algumas conversas de bate-papo e iremos aplicar esses erros nas conversas.

Corpus

O corpus foi retirado do site do UOL e do BOL na parte de bate-papo, nas salas de faixa etária entre 16 e 20 anos e todas as conversas são datadas do dia 26 de abril de 2010.

E para fazer as análises das conversas dos chats iremos tomar como base os erros encontrados por Mattoso.

Fenômenos: fonético, morfológico e sintático

Observando as conversas e comparando com as análises feitas por Mattoso temos na parte fonética:

· Debilidade do acento tônico quando o vocábulo se acha no interior de um grupo de força;

(06:48:04) veronic@ fala para Olavio sp: tdo jóia

(06:49:45) drika fala para Gato Quente: EU TAMBEM

· Tendência a anular-se a oposição entre [e] e [i], bem como [o] e [u], em posição pretônica, realizando-se um arquifonema [i] ou [u] conforme o caso.

(06:46:56) Olavio sp fala para patty loira: minha minininha

Na parte morfológica:

Não foi encontrado nenhum erro morfológico comparado com os erros encontrados por Mattoso.

Na parte sintática:

· Tendência à próclise sistemática da variação pronominal átona adverbial, exceto a partícula se, em função apassivante, que é sentida como um índice da impessoalização do verbo em forma de sufixo;

(06:40:20) FERNANDINHO fala para viviany: me adiciona

Além dos erros comparados com os de Mattoso podemos observar outros, entre eles:

· Troca do “z” pelo “s”

(06:57:46) veronic@ fala para Olavio sp: VASA

· Não uso do “ç”

(07:01:08) Olavio sp fala para Loirona: ENTROU NA DANCA AQUI O FUMO ENTRA VIU

· Abreviações

I - vinny fala para aninha: gostei muito de tc com vc

II - aninha fala para vinny: o q vc mais gosta?

III - halls fala para ruiva23: KD

Nota-se a abreviação de :
I – teclar, que virou tc
você, que virou vc
II – que, virou q
III – cadê, que virou KD (além de estar abreviado há uma mudança na escrita)

Os erros de fonética, morfologia e sintaxe se devem ao fato dos internautas escreverem de acordo com a fala, visto que ela é menos complexa e mais fácil de ser digitada do que a própria língua escrita. Fazem isso por um simples conforto, acham mais acessível, mais fácil e prático, assim como as abreviações, tão práticas e todos os internautas conhecem.

Tendo em vista toda a problemática apontada por Mattoso, podemos dizer que os internautas erram de propósito, pois eles têm o conhecimento sobre a gramática normativa, contudo não o utilizam por acreditarem que a conversa que se tem por meio de programas de bate-papo seja informal e não formal. Além disso, Mattoso em sua pesquisa toma como base crianças entre 11 e 13 anos e a pesquisa comparada com a do Mattoso tem como base adolescente entre 16 e 20 anos. E com isso podemos dizer que aquelas erram por estarem aprendendo, já que é nessa idade que começa a ser estudada a parte de morfologia e sintaxe nas escolas. E os últimos já carregam consigo todas as bases que aquelas ainda estão aprendendo, então, escrevem como escrevem na internet por puro conforto.

Referências Bibliográficas

CÂMARA Jr., J. M. Erros de escolares como sintomas de tendências lingüísticas no português do Rio de Janeiro. Dispersos de J. Mattoso Câmara Jr. Nova edição revista e ampliada. Rio de Janeiro, Lucerna, 2004. p. 87-95. Edição Original: 1957

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Questões referentes ao texto “Retrospectivas e perspectivas da historiografia da lingüística no Brasil”

Questão 1: Levando em consideração aos parâmetros que permeiam os estudos da linguagem, percebemos que a Linguística não é um campo de estudo que tem seu objetobem delimitado. Por isso, para retornar a historização da Linguística é necessário se valer da história geral de ciências e de outras disciplinas. Tendo isso em vista, pode-se afirmar que as reflexões sobre a linguagem começaram só a partir de Saussure?

Questão 2: Durante alguns séculos, a imprenssa missionária colonial Americana acumulou informações sobre a língua espanhola e portuguesa, dentre elas, algumas afinidades e divergências, quais são elas?

Questão 3: Para Mattoso, a herança descritiva colonial-missionária poderia ser descoberta da retrospectiva histórica da Linguística no Brasil, admitindo que o Tupi descrito pelos jesuítas era quase artificial. Com base em quais argumentos ele faz essa afirmação? E o que Mattoso quis dizer com:" o missionário linguista foi catequético tanto quanto o missionário religioso"?

Questão 3.1: Quais são as soluções encontradas por Anchieta e Figueiredo, os descritores da língua Tupinambá, para marcar a diferença das duas séries de clíticos?

Questão 3.2: Qual seria o lugar que a Linguística ocuparia enquanto ciência e o prestígio adquirido por ela hoje se os primeiros linguistas brasileiros tivessem seguido uma linha teórica de forma mais contínua e eficaz ao invés de buscarem as "teorias da moda" no exterior? A linguística seria uma ciência mais consistente no Brasil ou continuaria inferior a linguística dos EUA e à europeia se aqueles pesquisadores atendessem, no momento inicial, as necessidades linguísticas e histórico-culturais que nosso país tinha?

Questão 4: A primeira tarefa a ser feita quando se objetiva a construção de uma Historiografia é o resgate das formas de conhecimento que já foram produzidas no Brasil, ainda que informalmente, tentando explicar as "formas de linguagem e seus significados". A autora afirma que a partir dessa linha de pesquisa o Brasil pode ser linguísticamente redescoberto, mas será que, após tantos séculos de negação e exclusão nacional, por um submissão e observação de ciências, materiais e correntes de pensamento estrangeiro, consiguiríamos registros relevantes e originalmente brasileiros para tal redescoberta?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Diferentes concepções de história da linguística

* História Tradicional: trata-se da história dos grande eventos e personagens: Descobrimento do Brasil, Dom Pedro I.

* História das Mentalidades: sistema de crenças, de valores e de representações próprias a uma época ou grupo, designada na historiografia francesa de história das mentalidades. Tem como objetivo resgatar essas representações.
Ex.: o novo é melhor que o antigo.

* História das Ideias: segundo Veyne, essa história busca "resgatar, sob as práticas visíveis ou os discursos, conscientes, a gramática 'oculta' ou 'imersa' que os justifica".

* História das Mentalidades X História das Ideias: o objeto histórico fundamental é a mentalidade coletiva que regula as representações e julgamentos dos atores sociais. Por outro lado, a para a história intelectual clássica, o objeto fundamental é uma ideia, construção consciente da mente.

* Historiografia: é a maneira pela qual a história foi escrita.

terça-feira, 16 de março de 2010

Linguística no Brasil

Mais um ano se passou e com ele outro começou, assim também na universidade. Dois semestres se passaram e um terceiro se inicia e com ele uma nova disciplina a ser estudada, a Linguística no Brasil. Essa ciência linguística nos mostrará, dentro de nosso próprio território brasileiro as fases e particularidades, desde o advento até a atualidade.

Não há uma linguística genuinamente brasileira, por isso em nosso país essa linguística depende de modelos americanos e europeus. Por isso se designa o nome dessa disciplica como Línguística no Brasil e não do Brasil.

Não podemos deixar de lado nomes de pessoas que contribuíram pra que pudesse ocorrer o desenvolvimento dessa linguística em nosso país, entre eles temos:
--> Antenor Nascente: primeiro a construir um atlas linguístico no Brasil.
-->Amadeu Amaral: mapeou o dialeto caipira no interior de São Paulo.


Temos também as fases:

* Fase Gramatical: construção de gramáticas.
*Fase Filológica: recuprar textos antigos. Trabalha mais com a interpretação do que com a evolução.
*Fase Dialetológica: fase em que Amadeu do Amaral fez o mapeamento do dialeto caipira.
*Fase da Crítica Textual: trabalha com todo e qualquer documento manuscrito, tentando pensar de acordo com os séculos. (Trabalha mais com a evolução.)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Funcionalismo

  • O postulado funcionalistico

As abordagens ão distintas, não se pode reuni-las num único modelo.

A linguagem é um instrumento de comunicação e interação social e deve ser descrita, explicada a partir do esquema efetivo da interação verbal.

O sistema é modelado a partir das exigências, das necessidades dos falantes.

  • Gramática

A relação entre os constituintes são distribuídas em 3 funções:

  1. Sintática: especifica a perspectiva da qual é apresentada pelo "estado da coisa" na expressão linguística.
  2. Semântica: especifica os papéis que exercem os referentes dentro do "estado da coisa" designado pela predicação em que ocorre.
  3. Pragmática: especifica o estatuto informacional dos constituintes dentro do contexto mais abrangente que eles ocorrem.
  • Padrão de ordenação

Função comunicativa diferente.

Os termos não exigidos pelo predicativo são chamados de satélite.

P1 (v) S (v) O (v) x onde:

P1: pode ser pronomes, conjunções. É chamado de função tópico -> função pragmática - é o foco, carrega a informação mais importante da frase.

(v): variações do verbo na oração.

O: complemento do verbo.

x: elemento circunstancial.

A língua é um investimento de interação social -> efeitos de sentido entre interlocutores (pra quem fala, o que fala, como se fala, onde fala).

No estruturalimos tem-se:

A língua = expressão de pensamento

Ex.: Os sem terra, invadiram a fazenda. --> Narrativa.
Onde:

  • Os sem terra --> sujeito.
  • invadiram a fazenda --> predicado verbal.
  • a fazenda --> objeto direto.

A língua = sistema do signo

Ex.: Os sem terra invadiram a fazenda. -->Descritiva
Onde:

  • Os sem terra --> sintagma nominal, no qual "Os" é o determinante.
  • invadiram a fazenda --> sintagma verbal, no qual "a fazenda" é o sintgma nominal.

No gerativismo tem-se:

A língua = faculdade --> Explicativa.

O sintagma oracional que é dividido em:

  • Sintagma nominal, que se divide em: determiante e nome.
    Sintagma verbal, que se divide em: verbo e sintagma verbal, que por sua vez é dividio em determinante e nome.

Ex.: Os sem terra invadiram a fazenda.

No materialismo tem-se:

Visão interpretativa, língua = manifestação da ideologia.
Diferentes lugares sociais constituem em uma das condições de produção do discurso.
Os valores são veiculados.

No funcionalismo tem-se:

Linguagem em uso, em interação.

Língua = uso/ideologia.

Levando em consideração o sujeito, as situações em que estão envolvidas.

Ex.: Os sem terra, eles invadem a fazenda.

  • Os sem terra --> tópico
  • eles invadem a fazenda --> comentário.

A partir de dados, observa-se que a língua portuguesa se organiza em tópico e comentário.